O futuro do mercado jurídico

Por Bruno Strunz | 05 de junho de 2024
O futuro do mercado jurídico

Apesar de já ter lido a edição passada, foi interessante revisitar o livro com esta nova edição.

O que aconteceria com o mercado jurídico nacional se, por exemplo, fundos pudessem investir em escritórios de advocacia?

Será que uma mentalidade orientada à maximização de distribuição de lucros no curto prazo não está impactando negativamente o ritmo de inovação no mercado?

Independentemente da abertura ou não do mercado, essas são provocações interessantes quando discutimos o futuro do segmento, principalmente se acompanharmos os movimentos lá fora, envolvendo desde as Big Four até escritórios do Magic Circle.

Além disso, se vamos realmente colocar o cliente no centro, a partir do momento em que os departamentos jurídicos estão cada vez mais próximos do negócio, com atuações menos reativas e mais propositivas, as expectativas em relação aos seus parceiros jurídicos também continuarão a evoluir.

Destaquei esse trecho abaixo (tradução livre), que resume bem a minha abordagem com os meus clientes – para se tornar um BTA (Business Trusted Advisor) dos seus clientes, você precisa ter uma abordagem focada no… business deles:

“Clientes constantemente reclamam que os escritórios não entendem o seu negócio, sua operação e as suas dinâmicas internas.”

Porém, como destacou Susskind, ainda nos organizamos de uma forma muito parecida com aquela que aprendemos na faculdade vs. em torno dos negócios dos nossos clientes.

E este novo cenário exigirá uma capacidade de repensar não somente o posicionamento, mas a forma de organização e atuação do escritório como um todo.